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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mudanças na educação

A educação escolar precisa de uma forte sacudida, de arejamento, de um choque. A educação de milhões de pessoas, em todos os níveis, não pode ser mantida na prisão, na asfixia e na monotonia em que se encontra. Está muito engessada, previsível, cansativa. As crianças desenvolvem mais rapidamente sua inteligência e capacidade de aprender. A escola não consegue dar respostas minimamente satisfatórias aos reais alunos que temos. Obrigamo-los a se “moldarem” a esquemas pré-concebidos e repetidos à exaustão.
A Internet, as redes, o celular, a multimídia estão revolucionando nossa vida no cotidiano. Cada vez resolvemos mais problemas de múltiplas formas, presencial e virtualmente. Na educação, porém, continuamos indo ao mesmo local, no mesmo horário, para desenvolver as mesmas atividades. Sempre achamos justificativas para deixar tudo como está ou para fazer pequenas mudanças cosméticas e periféricas. 



As tecnologias são  apoio, meios. Mas elas nos permitem realizar atividades de aprendizagem de formas muito diferentes às convencionais. Podemos aprender estando juntos fisicamente e também longe, conectados. Podemos aprender sozinhos e em grupos, podemos aprender no mesmo tempo e ritmo ou em tempos e ritmos diferentes.
O conviver virtual vai tornar-se quase tão importante como o conviver presencial. Isso se consegue com uma gestão administrativa e pedagógica mais flexível, com tempos e espaços menos predeterminados, com modos de acesso a pesquisa e de desenvolvimento de atividades mais dinâmicas.
Com tantos aparelhos portáteis interconectados, sem fio e audiovisuais, o modelo de organização de alunos em espaços e tempos de calendários fixos está fadado a desaparecer. Teremos alunos começando um curso quando o desejarem. Seguirão algumas diretrizes básicas, bem amplas e flexíveis para organizar a sua trajetória de aprendizagem. O importante não é o número de aulas, mas os projetos desenvolvidos, a capacidade de resolver problemas, de fazer conexões, de estabelecer novas práticas. Os cursos estarão cada vez mais ligados a situações práticas interdisciplinares, que exigem professores orientadores grupais.
Podemos pensar em cursos cada vez mais personalizados, mais adaptados à cada aluno ou grupos de alunos. Cursos com materiais audiovisuais e atividades bem planejados e produzidos e que depois são oferecidos ao ritmo de cada aluno, sob a supervisão de um professor orientador ou de uma pequena equipe, que colocam esse aluno em contato com grupos em estágios semelhantes. Os professores podem agir como hoje fazem os orientadores de pós-graduação. Dão poucas aulas presenciais e virtuais. Acompanham o projeto pedagógico individual dos alunos e também em grupo e os supervisionam e gerenciam para que obtenham os melhores resultados. Os professores mapeiam a pesquisa, os projetos. Marcam algumas reuniões presenciais e virtuais. Integram esses projetos com outros colegas. O currículo é muito mais livre, escolhido de comum acordo entre aluno, professores e instituição. Há alguns momentos comuns presenciais e/ou virtuais (totalmente audiovisuais e interativos), mas a maior parte do tempo o processo é virtual e em tempos diferenciados.